Novembro é um mês todo dedicado à prematuridade, sendo reconhecido mundialmente como "Novembro Roxo". A campanha visa alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e para a sociedade.
Engajados com o objetivo do Novembro Roxo e pelo desconhecimento que ainda existe em torno da prematuridade e de todas as suas causas, o Imigrantes Hospital e Maternidade produziu este conteúdo para conscientizar as futuras mamães e toda a sociedade sobre os riscos da prematuridade para o bebê e para a mamãe. Veja!
O que é e quando surgiu o Novembro Roxo?
Novembro Roxo é o mês dedicado à conscientização, prevenção e sensibilização da prematuridade. O principal objetivo dessa campanha é promover o (re)conhecimento das causas e consequências do parto prematuro e desenvolver ações profícuas de conscientização sobre a importância de prevenir a prematuridade, incentivando o acompanhamento de pré-natal para uma gestação mais segura.
A campanha é realizada todos os dias do mês de novembro, mas a data mais importante para o movimento é o dia 17, nesse dia todas as ações, que vêm sendo trabalhadas com o público, são intensificadas em todos os postos de saúde e hospitais. A escolha dessa data se deve ao significado todo especial que ela tem para Jürgen Popp, um dos fundadores da EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants).
No Brasil, a iniciativa de promover a campanha do Novembro Roxo nasceu em 2011, a partir do relato de mães e profissionais que experienciaram o contato com a prematuridade e suas consequências.
A escolha da cor roxa foi feita com intuito de simbolizar a sensibilidade e individualidade, características essas que são inerentes aos bebês prematuros. Além disso, o simbolismo da cor vai muito mais além, ela significa transmutação, ou seja, a arte da mudança e da transformação.
Qual a importância do Novembro Roxo?
Para fazer entender qual é a importância de todas as ações realizadas durante o mês de novembro em prol do Novembro Roxo, vamos analisar alguns dados.
Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde - OMS, a cada ano nascem 15 milhões de bebês prematuramente, ou seja, a cada 10 bebês que nascem, um é prematuro. Entretanto, a história nem sempre termina bem. Cerca de 1 milhão de crianças morrem por ano devido a todas as complicações decorrentes do parto prematuro, as que resistem enfrentam uma vida inteira de desafios e limitações, incluindo dificuldades de aprendizagem e problemas sensoriais auditivos e visuais.
Ainda de acordo com os dados da OMS, o Brasil ocupa o 10º lugar no ranking de países com mais partos prematuros no mundo. Isso corresponde a aproximadamente a 340 mil nascimentos de bebês prematuros por ano.
Após ver esses dados, podemos perceber qual é a real importância do Novembro Roxo para alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e para a sociedade.
O que é um parto prematuro?
O tempo de gestação ideal para que um bebê se desenvolva completamente, desde a concepção até o momento do nascimento, é de 38 a 42 semanas. Quando falamos em parto prematuro, esse cenário ideal se dissolve.
O parto prematuro é caracterizado pela interrupção do período gestacional, ou seja, o parto ocorre antes de completar 37 semanas de gravidez.
Segundo a ONG Prematuridade, o parto prematuro pode ser classificado de acordo com a idade gestacional, veja!
- Pós-termo – 42 semanas ou mais;
- A termo – 37 a 41 semanas;
- Prematuro leve – 34 a 36 semanas;
- Prematuro moderado – 30 a 33 semanas;
- Prematuro extremo – 26 a 29 semanas;
- Prematuro muito extremo – 23 a 25 semanas.
Todos os bebês que nascem antes de completar as 34 semanas (prematuro moderado) precisam da internação neonatal, visto que esses recém-nascidos não apresentam condições de saúde necessárias para ir para casa com os pais.
Quais são as causas da prematuridade?
Muitas mamães ficam apreensivas durante a gravidez por conta da prematuridade e suas possíveis causas. Para esclarecer quais são as causas da prematuridade é preciso fazer o acompanhamento médico desde o início da gravidez, conhecido como pré-natal.
O parto prematuro pode ser classificado em dois tipos: o espontâneo e o terapêutico. A prematuridade espontânea está ligada a processos inflamatórios ou infecciosos. Além dessas causas, também há o problema do colo do útero curto que leva ao parto prematuro por não ter espaço suficiente para acomodar o bebê.
Já a prematuridade terapêutica parte de uma indicação médica ao perceber os riscos que tanto o bebê quanto a mãe correm por causa de alguma patologia como hipertensão e diabetes. Outras causas como anemia, desnutrição, fumo, bebidas, drogas e/ou que possuem nível socioeconômico cultural adverso também podem levar à prematuridade.
Quais cuidados ter com um bebê prematuro?
A prematuridade exige muitos cuidados, afinal, nascer antes do tempo implica em não ter condições necessárias para a sobrevivência.
Não existe maneira de prevenir ou evitar o parto prematuro. A única coisa que ajuda nesses casos é o acompanhamento de um profissional capacitado e realizar um pré-natal de qualidade. No pós-parto, além do apoio profissional, alguns cuidados precisam ser realizados para que o bebê prematuro se desenvolva saudavelmente, como:
- fazer o aleitamento materno;
- evitar contato com muitas pessoas;
- trocar fraldas constantemente;
- lavar as mãos antes de mexer no recém-nascido;
- manter a vacinação em dia;
- levar o bebê ao pediatra.
Conheça a história de uma mãe e de seu bebê prematuro
A incrível e vitoriosa história do pequeno John Nicolas Day (2 meses) é de emocionar quem lê e quem ouve. Após o seu nascimento na Maternidade e Hospital Imigrantes de Brusque (SC), com 35 semanas de gestação, ele passou 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Depois, ficou mais um dia no quarto, até receber a tão esperada alta médica e seguir para casa com os pais Natan Willian Day e Aline Zimermann Day.
John é mais um entre os 340 mil bebês que nascem de forma prematura no Brasil a cada ano, conforme a Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros.
Como foi receber a notícia de prematuridade na gravidez?
Aline conta que sua gestação foi tranquila até a 32ª semana, quando descobriu no ultrassom que estava com pouco líquido amniótico. “A médica pediu pra eu ir ao hospital, pois meu filho precisava nascer. Fui no plantão do Imigrantes e fui internada. Após alguns exames eles me liberaram dizendo que o líquido tinha aumentado. Precisaria fazer repouso e acompanhamento com ultrassom semanal. Com 35 semanas, o líquido voltou a baixar e minha obstetra decidiu retirar o bebê, pois poderia ter risco de morte para ele”, recorda.
Como foi o nascimento do bebê prematuro?
John nasceu no dia 20 de setembro e precisou passar por uma cirurgia nos primeiros dias após o parto. “Quando temos um bebê na UTI os dias são como uma montanha russa. Alguns ele estava melhor, outros tinha regredido um pouco. Sem dúvida o momento mais difícil durante o tempo que ele ficou internado foi a cirurgia, que precisou fazer para retirada de uma hérnia. Apesar de ser uma cirurgia simples, tinha risco para ele”, conta a costureira.
Para Aline, ter um bebê prematuro é um misto de emoções. “Eu agradecia a cada vez que ele conseguia mamar bem, cada dia que os médicos me diziam que ele estava evoluindo, a cada grama que ele ganhava, a cada sorrisinho. No final, até os chorinhos eram motivo de alegria, só pelo simples fato dele estar vivo”, afirma emocionada.
O que você diria para outras famílias que tiverem um bebê prematuro?
Para famílias que tiveram ou terão filhos prematuros, ela destaca: “Aproveitem cada dia, cada minuto e celebre cada pequena vitória. Para as mamães, eu sei que não é fácil estar no puerpério e ter que cuidar do filho na UTI. Então, quando se sentir sobrecarregada, triste ou desanimada, saia um pouco. Vá tomar um sorvete, comer um lanche fora do hospital. Não se sinta culpada. Você não está abandonando seu filho. Está se cuidando e cuidando do seu emocional, para voltar para ele ainda melhor. Pois seu bebê precisa de você bem. Ele está bem cuidado enquanto você se cuida. E depois que ele ganhar alta é só alegria”, conclui.
A importância da UTI Neonatal para o bebê prematuro
A médica pediatra Kaline Canal ressalta o quanto são pequenos e fortes os bebês prematuros. “Me lembro bem da primeira vez que atendi um bebê prematuro extremo, uma vida inteira que cabia na palma das minhas mãos. Cada dia que passa para um bebê de UTI é um pedacinho do coração da mãe e da equipe que se refaz, afinal, o medo também se torna um companheiro constante dos dias e noites”, destaca.
De acordo com ela, assim como as famílias, a equipe da UTI Neo também transborda amor por cada um dos pequenos. “Já passaram muitos por mim, mas lembro de todas as angústias, da frase que mais falei: você pode agora rezar e transmitir todo seu amor e a gente aqui vai fazer tudo que estiver ao nosso alcance pelo seu bebê. Eu aprendi a reanimar, a entubar, a passar cateter, a configurar o ventilador. Mas não aprendi a me distanciar. A cada mãe que expliquei o prognóstico, que dei um pouco de esperança, que falei da realidade, chorei e me emocionei junto. E é assim, uma luta diária, pequenas vitórias”, conta.
A emocionante história da mamãe Aline e do seu pequeno grande herói, John, mostra a fragilidade do momento pelo qual a mãe e o bebê passam após o parto e como a falta de informação impacta na vida dessas futuras mamães acometidas pelo parto prematuro. Relato como o de Aline ajuda a conscientizar outras famílias sobre como é ter um bebê prematuro e sobre a importância de contar com profissionais qualificados, como a equipe da Dra. Kaline Canal.
Além disso, o John foi internado na UTI neonatal do Imigrantes Hospital e Maternidade, onde pode contar com uma equipe treinada para atendê-lo em todas as necessidades. Em todo o momento, os papais foram atendidos com muito carinho e, sobretudo, humanização, até porque, é muito preocupante e estressante ter um bebê frágil sob os cuidados de outras pessoas, mesmo que sejam profissionais.
Portanto, é possível perceber o quanto foi de suma importância para Aline e seu bebê terem o apoio da equipe especializada em pediatria do Imigrantes. Quer saber mais sobre a nossa UTI neonatal? Entre em contato conosco, ficaremos muito felizes em poder te ajudar.