Se você chegou até aqui, deve estar passando pela fase do desmame e deve estar cheia de dúvidas. Nós entendemos, afinal, mães que estão vivendo este processo, ou que estão prestes a começar, costumam receber muitos palpiteiros de plantão e ficam ainda mais confusas e inseguras quanto ao tema. Mas afinal, existe um prazo para fazer o desmame? Como começar? E se o bebê não reagir bem?
Neste conteúdo, o Hospital e Maternidade Imigrantes vai abordar o assunto de um ponto de vista médico para tentar tranquilizá-la. Mesmo assim, é essencial procurar um acompanhamento humano com um especialista. Combinado?
Boa leitura!
O que a OMS recomenda
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E que, depois deste prazo, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.
Isso porque o leite da mãe não é apenas um alimento. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarréias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças.
Para o bebê, o leite contém componentes que reforçam a imunidade e tranquilizam em momentos de irritação, trazendo aconchego e segurança. Ou seja, é importante ter consciência que o desmame ocorre de forma gradual e não de uma hora para outra, principalmente por significar tanto para a criança.
Como começar?
Antes de mais nada, é preciso entender que o desmame é uma etapa do processo de amamentação. Você deve encará-lo como um aprendizado e não se cobrar por ter dúvidas.
Mesmo quando seu filho começar a receber comidinhas sólidas, você vai notar que ele ainda pedirá pelo peito em alguns momentos e nessa hora é fundamental a ajuda de uma rede de apoio, que podem distrair com brincadeiras e ou oferecer outro alimento.
Nem todos os dias serão bons ou fáceis, e muitas vezes o desmame vai ocorrer simultaneamente em meio a outras mudanças (como a retirada das fraldas, do bico, de uma mudança no trabalho, de uma crise familiar), mas, embora nem sempre seja fácil, existem algumas técnicas que podem facilitar o processo. Anote aí!
Evite o desmame abrupto
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o desmame abrupto, quando ocorre de uma hora para outra, pode gerar sérios riscos à saúde física e mental da mãe e do bebê. “O desmame abrupto não é recomendável, pois pode gerar na criança um sentimento de rejeição e insegurança, causando um comportamento rebelde”.
No caso da mãe, a interrupção repentina pode ocasionar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de depressão.
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Diminua a quantidade e o tempo das mamadas aos poucos
Com o acompanhamento de um especialista, troque uma das mamadas da semana por uma refeição sólida e vá monitorando o comportamento da criança. Assim você consegue aumentar o consumo de outros alimentos gradativamente, acostumando o paladar da criança e dando menos ênfase na falta do peito.
Além disso, tente reduzir alguns minutinhos das mamadas ao longo das semanas.
Peça ajuda
Não tenha vergonha, você não precisa saber ou fazer tudo. Essa última dica diz respeito à presença da mãe na hora das refeições. Durante o processo de desmame, é natural que a criança associe o sentimento de fome à figura materna e ao peito, porém, para desacostumá-la, você pode pedir para que o pai ou os avós alimentarem a criança.
Saia do ambiente e fique de longe acompanhando o desempenho. Peça para que a sua rede de apoio se esforce ao máximo para tornar o momento da refeição realmente divertido e lúdico. Aos poucos, seu filho deve desassociar a presença da mãe em todas as refeições.
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Ficou com alguma dúvida ou quer encontrar um especialista para tratar detalhadamente o seu caso? Conheça todos os serviços. A consulta com pediatra é de extrema importância para o sucesso do desmame.
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